O que acontece quando juntamos a Internet com o Humor e os unimos com a Literatura? Confiram o resultado dessa química no texto “Sem nome” de André de Jesus Torres.
Sem Nome
Hoje acordei um pouco mais tarde do que estou acostumado. O motivo é simples: ontem me entretive com um esporte o qual tive o cuidado de batizar como Fight Ball que consiste em rebater uma bola de plástico (Das bem grandes) nas paredes do quarto até quebrar/derrubar alguma coisa. Tudo bem, já passava da meia-noite quando eu estava sentado em minha cama me preparando para o dia seguinte quando me lembro das minhas tarefas das mais variadas disciplinas. Minha irmã, que já dormirá a muito tempo, estava visivelmente incomodada com a luz: A lâmpada do meu quarto é do outro mundo. Ela é Phillps 500.000W (E desconfio de que ela funcione com plutônio). Mais isso é outra história.. De qualquer modo, terminada a lição, guardei meus livros e me embalei em meu cobertor.
Pela manhã me surpreendi com o formato que meu cabelo adquirirá. Como estava atrasado acabei não dando muita importância. Hoje o Tio Arantes chegou mais cedo, afinal fomos surpreendidos no segundo dia de aula quando chovia muito e ficamos presos no trânsito. Como garantia, saiu mais cedo de casa e conseqüentemente houve um conflito entre suas pretensões e minhas circunstâncias. Mas isso não seria um problema. Chegamos com tempo de sobra na escola, cerca de vinte minutos antes do início das aulas.
Quando desci da perua (Um Sprinter de cor verde muito peculiar) tomei cuidado para não deixar meu celular (Um V3 preto com o LCD quebrado, resultado de meus malabarismos inusitados) cair do meu bolso (Grande e folgado) no bueiro ao lado (Grande e sombrio). Agora tenho uma epifania: Em uma rua tão movimentada e disputada pelos automóveis, Tio Arantes consegue realizar a proeza de parar exatamente no mesmo lugar todos os dias, de modo que tenho de ficar atento toda vez ao descer da vã.
O “Tio”, como é chamado, não me complementará hoje: A escola estaria sem o álcool gel nas cápsulas (Localizadas em todos os corredores). Desejei-lhe um bom dia e entrei. Cumprimentei uma amiga, mas não sua irmã, gêmea. Isso me faz lembrar da vez em que fui a uma festa...
Era dia 20 de Junho de 2009, uma noite quente e agradável. Meu pai fazia 41 anos naquela mesma data, entretanto fui convidado a participar de uma simples comemoração na nem tão simples casa de meu amigo. Não só por ser uma linda casa, mas por ficar em um lugar de quase impossível localização. Minha irmã e meus primos me acompanhavam em meu trajeto. Por um momento pensei estar no Acre, mas logo descartei essa hipótese quando avistei um grupo de bêbados, digo, pessoas felizes que cantavam alegremente em um bar. Paramos para pedir informação a um homem que pendurava bandeirinhas (Agora tudo faz sentido, era época de São João, festa junina) em sua rua. O homem estava do lado direito, coincidentemente do lado em que eu estava sentado no banco da frente. A pobre criatura estava completamente embriagada, de tal maneira que repetiu quatro vezes as instruções. Podem ter sido apenas alguns minutos, mas para mim aquele bafo de pinga (Ou seria quentão?) teria me atormentado por horas.
A pior parte já teria passado, era a direção certa. Naquele dia estávamos nos orientando por uma anotação feita no dia anterior em meu caderno. Dizia claramente: “Rua sem saída”. Seria fácil, se o bairro não fosse formado por DEZENAS de ruas sem saída, todas em sequência. Avistei ao longe o nome da rua. Não vou entrar em detalhes.
Sou recebido pelo meu famoso apelido. Cumprimentei o aniversariante e conheci sua família. Todos muito simpáticos. Encontrei amigos e amigos de corredor. Aquela noite talvez tenha me inspirado, pois pude fazer piadas extremamente engraçadas (É claro, nenhuma piada é boa de mais se o público é o de menos). Jogamos “Banco Imobiliário”. No decorrer do jogo muitas pessoas desistiam, estávamos enfrentando uma crise econômica. Apesar de meus esforços, não me contive em comprar o banco. Jogo encerrado, mais uma vez sou eu o vencedor (Viva eu!).
A festa prosseguia. Quando me dei conta estava sentado diante de uma televisão com um jogo extremamente violento de nome “Naruto”. Nunca me identifiquei totalmente com a série do anime, porém mediante aos esforços e insistências de meus amigos, acabei aderindo ao “movimento ninja”. Enfim, meu personagem possuía habilidades incríveis (No meu ponto de vista). Levei um pouco de tempo para decorar a sequencia “bolinha, quadrado, bolinha, triângulo, quadrado” e assim sucessivamente. Como já se era esperado, meus conhecimentos de economia e mercado de ações não me ajudaram nesse jogo.
Em um piscar de olhos troquei o alucinante jogo de golpes e explosões por uma aventura pacífica pelo oceano atlântico (Isso não foi um trocadilho). No Nitendo DS jogava The Sims Náufragos, uma versão para o consoledo jogo de computador famoso que tive a honra de testar a última versão em primeira mão no evento de estréia na FNAC da Paulista. Mas voltando a história, o jogo simulava um experiência de naufrágio em uma ilha “deserta” onde meu personagem era obrigado a lidar com diferentes situações e realizar determinadas atividades utilizando recursos disponíveis na própria ilha. Demorei até me acostumar com as telas e o modo em que funcionava o jogo.
Eu estava sentado na areia esfregando dois gravetos (Na verdade um palitinho e uma tela touch) quando me aparece uma mensagem dizendo “Assopre”. “Assopre”. “Assopre idiota!”. OK, qual o botão para assoprar?
Como sempre digo, “A oportunidade faz um comediante”, comecei a chover, digo, assoprar o console múltiplas vezes e me impressionei ao ver fumaça saindo (Calma, não do console, da fogueira). Sim meus caros, havia um microfone embutido (Seria assim que minha avó conversa com sua novela?), pura tecnologia. Viva ao futuro!
Em determinado momento estávamos chutando? bola? na garagem quando duas de minhas amigas se preparam para ir embora. Transcrevo aqui um trecho de nosso revelador diálogo que se desenrolou momentos antes de sua partida.
“Então vocês vão embora juntas? Não sabia que eram vizinhas...” - Era uma piada perfeita para despedidas, sempre deu certo.
“Não, nós moramos juntas” - Disse uma delas.
“Vocês.. são irmãs?”
“É...”
(risadas minhas)
“Só falta vocês dizerem que são irmãs gêmeas”
“Sim, nós somos”
Momento epifania. Naquele instante minha avó se surpreendia ao assistir o último capítulo de sua novela quando Augusto (Que todos imaginavam ser apenas amigo de Olívia) se revela na verdade pai de Alfredo (Trágico! Trágico!).
“Vocês são gêmeas?”
“Sim...”
Eu estava pasmo, em estado de choque. A “Teoria das Gêmeas” nunca passará em minha cabeça. Algum tempo atrás descobri que minha amiga Beatriz e meu amigo Vitor eram irmãos, gêmeos.
É de meu parecer que ser gêmeo está na moda.. snif snif
O desfecho dessa história dentro de outra nos mostra que até mesmo você pode ter um irmão gêmeo do mal que planeja dominar o mundo como um astro POP ou com uma risada maléfica e algumas bombas nucleares. Lembrem-se, em matéria de epifania, tudo, é possível.
Agora vamos voltar ao verdadeiro foco da história, a história. Após cumprimentar essas amiga com um “tchauzinho” me dirigi ao balcão, uma vez que as cápsulas estavam sem o álcool gel. No balcão havia um vidrinho muito simpático. Lavei as mãos e fui para a sala.
Logo no começo ouvi uma amiga dizer *** chegou (Não vou entrar em detalhes de meu apelido, apesar de na maioria das vezes ser usado de forma carinhosa. De qualquer modo caminhei pelo corredor e me sentei em meu lugar de costume. A sala estava com a luz apagada. Não é uma metáfora, mas em minha sala se enxerga melhor com a luz apagada. A luz é tão forte e assim mesmo tão fria que deixa o ambiente mais cansativo, enjoativo, além de não combinar muito com minhas espinhas, as quais ficam mais aparentes.
Foram minutos de muito divertimento. Passei a dar mais valor ao meu grupo de amigos do objetivo depois dessas férias. Talvez a rotina desgastante tenha feito eu me esquecer desse imenso valor contido nas amizades de escola. Com esse longo período de descanso pude descansar e refletir bastante. Foi um mês mais quinze dias sem aula como medida preventiva para conter o avanço do vírus da gripe A, totalizando 45 dias de férias. 45 dias dormindo às três da manhã e acordando sete ou oito horas depois.
Nessas férias aconteceram fatos muito inusitados e curiosos. Não tenho muito tempo para contar todos, daqui algum tempo tenho que correr para meu curso de inglês onde vou redigir uma redação no idioma. Serei mais abrangente em minhas observações.
ATENÇÃO: Os locais e identidades descritos a seguir serão preservados por motivos de segurança pessoa.
Ao longo desses 45 dias eu conheci uma garota muito bonita e interessante. Foi um dos melhores (Se não o melhor) dia do ano. Mantivemos contato, porém, apesar de amá-la, não estou muito confiante.
O melhor é deixar o tempo decidir. Ele é na verdade um grande escritor que sempre escreve finais felizes. =)
Nessas férias eu assisti muitos filmes. Não sei nem por onde começar. Não sei se falo dos de cinema, das estréias, dos antigos e nem tão antigos. Os que mais gostei... bem, posso citar:
“Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, como melhor filme de magia.
“A Era do Gelo”, como melhor animação.
“O Misterioso caso de Benjamin Button”, como melhor roteiro e melhor figurino.
“Transformers 2”, como melhores efeitos especiais.
“O Misterioso caso de Benjamin Button”, como MELHOR FILME.
Nessas férias ouvi músicas incríveis. Novas, antigas, velhas, estréias, novidades, e algumas que duram para sempre. Também postei incríveis mensagens em meu “Twitter”, uma ferramenta quase tão indispensável para mim quanto um martelo para um pedreiro (No caso a pedreira é a Michele).
Comi fastfood de montão, mas também tive a honra de ser convidado para finos jantares e espalhafatosos almoços de domingo na casa da minha maravilhosa avó *****. Não poderia deixar de citas as incríveis histórias, os inquestionáveis fatos verídicos, as mil e umas peripécias de sua vida, cantados pela minha esplendida avó ****.
Apesar de não ter lido tanto como de costume, supri minha necessidade por conhecimento e criação de outra maneira: Editando minha própria obra “A Máquina do Mundo”. Foram várias noites em claro planejando cada pequeno detalhe da história.
Nessas férias eu fiz muitos trocadilhos que arrancaram vários “rarararara”, “plasplasplasplas”, “kkkk”, “ashushuhasa”, “koaskoaskoasokakos” e o inédito e criativo “juiujijisujjsuisujus”.(???). Viva a linguagem de msn!
Encontrei uma agenda antiga que muito me serviu me ensinando várias frases bem mais profundas que a piada do “eu cavo, tu cavas”. Foram férias filosóficas, mas também muito idiotas. Presenciei os mais variados estilos e formas de idiotice. Que tal um “top five” das besteiras?
Na quinta posição (Tas diz: Olha issoooo!!) Giovana com seu salto mortal tripo-duplho-muito-louco. Caminhando alegremente, Giovana é a prova real de que “Quanto maior o salto, maior a queda”. Se ela estava de salto alto eu não sei, mas que ela tropeçou legal isso é verdade.
Na quarta posição (Tas diz: Vejam só isso..!!) temos um fato inéééédito no CQC, digo, no blog. Uma tranqüila viagem para Minas Gerais se transforma em uma luta pela sobrevivência. Agora, na quarta posição, olha isso.
(Trecho adaptado em razão do meu problema de esquecimento)
André - Afff Aline, cadê meu lápis??
Aline - Tá no meio do seu caderno (Um livrinho com palavras cruzadas, sudoku e outros jogos para passar o tempo), André.
*André pega o lápis e finge que ele é uma varinha
André - Aline, qual é mesmo o nome do feitiço do Harry Potter?
Aline - É “Rinkintuns Sempra”, André.
*André ataca o banco com o lápis
André - Rinkintuns Sempra!!!! aaaaaaaai, minha mão!
*André fura a mão com o lápis
Aline: rararararara
André: Se eu tivesse o iPhone, postava isso no twitter.
Senhor Omar: “Trágico, trágico” (Senhor Omar sobre o acidente com o lápis)
Vamos para a terceira posição (Tas diz: Vocês não vão acreditar..). Agora na sua televisão, a terceira posição do Top Five, olha isso:
Entrevista de Mirella (A fazenda) para Hoje em Dia
Brito Cover, digo, Celso, Cavalini? : Hoje no dia do amigo temos o prazer de receber a Miiirela, eliminada ontem da Fazenda.
Jegue, digo, Mirela (Com sua voz de disco riscado): Aé, eu queria aproveitar Brito, quer dizer, Celso pRa agradeSCEr a todos que votaram em mim, são todos os meus amigos, beijão.
OK, vamos analisar o período a cima:
Qual o tema da votação? Simples, “Quem você quer que seja eliminado da Fazenda?”.
Vamos ver o replay: “Aé, eu queria aproveitar Brito, quer dizer, Celso pRa agradeSCEr a todos que votaram em mim, são todos os meus amigos, beijão”.
Prometi a mim mesmo que não ia explicar mais de uma vez. Promessa para mim é divida.
Devo admitir que não me lembro das demais posições do nosso Ranking. Será possível acompanhar a decisão semana que vem, nesse mesmo blog, nesse mesmo canal, nessa mesma hora.
Nessas férias eu também atualizei muito o blog. Também o Orkut e o Facebook. Os links aparecem na parte de baixo do seu televisor, digo, no canto direito do seu monitor.
Infelizmente não posso deixar de faltar a essa importante aula de inglês. Sinto muito mais terão de me esperar por algumas horas. Agradeço a atenção de todos e até amanhã. Obrigado.
(Vinheta: pam pam pam, panãnã nã nã)
domingo, 23 de agosto de 2009
Ventos Cortantes
Ventos Cortantes
Reza a lenda que todos têm um dia de sorte. Um dia em que, teoricamente, as forças do universo conspiram a nosso favor. Talvez seja uma questão de lógica ou apenas mais uma lenda urbana; Tudo depende unicamente do modo como você enxerga a vida.
Para ele, os dias de sorte não existiam. Ele acreditava que sorte e azar são conceitos vagos, sem pé nem cabeça. Foram um modo que o homem encontrou de justificar seus fracassos e agradecer suas conquistas ao acaso. Mas para ele o acaso não existia. Era como se tudo fosse predestinado a acontecer daquela forma.
O sucesso para ele deveria ser conquistado com dedicação e trabalho duro. Por toda a sua sofrida vida carregou o peso da derrota em suas costas. Hoje sem mais forças para lutar ele se senta na varanda e observa as folhas sendo carregadas pelo vento. Lentamente ele vê sua vida passando rápido de mais para que possa acompanhá-la.
Nunca terá um único dia de sorte sequer. Tudo que conquistará era fruto dos dias e noites em que acordou exausto, dos raios de sol quentes e o vento cortante que agredia sua pele flácida.
Quantas noites não passou em claro na esperança de que o amanhã seria melhor do que o dia anterior? Mais o amanhã nunca chegará.
Agora sua estrada chegará ao fim. Ele sabia que não tinha muito tempo de vida. Nesse dia ele não saiu ao sol. Nesse dia, ele não carregou seus erros e magos nas costas. Apenas naquele dia ele encontrou, finalmente, a paz.
André Torres
(Michele disse que era nota 10. eu dei um 8. O que vocês acham?)
Reza a lenda que todos têm um dia de sorte. Um dia em que, teoricamente, as forças do universo conspiram a nosso favor. Talvez seja uma questão de lógica ou apenas mais uma lenda urbana; Tudo depende unicamente do modo como você enxerga a vida.
Para ele, os dias de sorte não existiam. Ele acreditava que sorte e azar são conceitos vagos, sem pé nem cabeça. Foram um modo que o homem encontrou de justificar seus fracassos e agradecer suas conquistas ao acaso. Mas para ele o acaso não existia. Era como se tudo fosse predestinado a acontecer daquela forma.
O sucesso para ele deveria ser conquistado com dedicação e trabalho duro. Por toda a sua sofrida vida carregou o peso da derrota em suas costas. Hoje sem mais forças para lutar ele se senta na varanda e observa as folhas sendo carregadas pelo vento. Lentamente ele vê sua vida passando rápido de mais para que possa acompanhá-la.
Nunca terá um único dia de sorte sequer. Tudo que conquistará era fruto dos dias e noites em que acordou exausto, dos raios de sol quentes e o vento cortante que agredia sua pele flácida.
Quantas noites não passou em claro na esperança de que o amanhã seria melhor do que o dia anterior? Mais o amanhã nunca chegará.
Agora sua estrada chegará ao fim. Ele sabia que não tinha muito tempo de vida. Nesse dia ele não saiu ao sol. Nesse dia, ele não carregou seus erros e magos nas costas. Apenas naquele dia ele encontrou, finalmente, a paz.
André Torres
(Michele disse que era nota 10. eu dei um 8. O que vocês acham?)
Marcadores:
histórias,
melhores postagens,
reflexão,
romance
A Fonte
A Fonte
Por muitas vezes me flagrei pensando no vazio. Era como se tudo que vejo fosse uma mera ilusão de ótica, uma miragem. Como se o agora, assim como o ontem e o amanhã, como se o tempo fosse um conceito vago de mais para ser vivido. Sentia-me cheio de nada, inspirado e imerso em uma luz branca. Reluzente e infinita.
Lutava para me libertar da prisão de minha alma. Mas sempre que voltava a realidade, algo mais forte do que eu me puxava de volta para as profundezas de minha mente. Lá encontrei todas as repostas que procurava. Dentro de mim vivia um pássaro. Esse pássaro costumava cantarolar nos momentos mais inoportunos. Nas tardes de inverno, quando a chuva caia lá fora, o pássaro ficava encolhido em sua gaiola. Por outro lado quando me encontrava ao lado da pessoa desejada o pássaro cantava tão alto que chegava a me incomodar. A moça parecia apreciar seu canto.
Repreendi-o. Ele então se calou e fugiu. Pude vê-lo se afastar lentamente de mim em direção ao horizonte. Naquele mesmo instante o vazio tomou conta de mim por completo. Estava desorientado, sem rumo como um homem solitário que vaga pelo espaço sem um objetivo próprio, vivendo os sonhos e esperanças dos outros sem nunca ter sentido algo parecido.
Sentia-me culpado pelo ocorrido. O passarinho desaparecerá por muito tempo, até que em um dia como qualquer outro me encontrei no mesmo lugar em que estava tempos atrás. Surpreso, admirei mais uma vez aquele paraíso interior de cores vivas e aromas apaixonantes. De repente ouço um som familiar: Lá estava ele, na mesma árvore em que eu o esqueci. O pássaro então retornou para dentro de mim e mais uma vez sentia-me farto daquele sentimento. Realizado, acordei. Tudo estava no mesmo lugar. Havia despertado da ilusão como quem volta para casa depois de uma longa viagem. As lembranças ainda viviam em minha lembrança, porém as mudanças me despertavam interesse e curiosidade.
Mais algo estava diferente. Não, tudo estava diferente. Passei a enxergar o mundo com outros olhos. O mundo estava diferente, eu já não era mais o mesmo. O cantar do pássaro embelezava o mundo a minha volta.
André Torres
(De acordo com a Michele o texto ficou nota 10)
Por muitas vezes me flagrei pensando no vazio. Era como se tudo que vejo fosse uma mera ilusão de ótica, uma miragem. Como se o agora, assim como o ontem e o amanhã, como se o tempo fosse um conceito vago de mais para ser vivido. Sentia-me cheio de nada, inspirado e imerso em uma luz branca. Reluzente e infinita.
Lutava para me libertar da prisão de minha alma. Mas sempre que voltava a realidade, algo mais forte do que eu me puxava de volta para as profundezas de minha mente. Lá encontrei todas as repostas que procurava. Dentro de mim vivia um pássaro. Esse pássaro costumava cantarolar nos momentos mais inoportunos. Nas tardes de inverno, quando a chuva caia lá fora, o pássaro ficava encolhido em sua gaiola. Por outro lado quando me encontrava ao lado da pessoa desejada o pássaro cantava tão alto que chegava a me incomodar. A moça parecia apreciar seu canto.
Repreendi-o. Ele então se calou e fugiu. Pude vê-lo se afastar lentamente de mim em direção ao horizonte. Naquele mesmo instante o vazio tomou conta de mim por completo. Estava desorientado, sem rumo como um homem solitário que vaga pelo espaço sem um objetivo próprio, vivendo os sonhos e esperanças dos outros sem nunca ter sentido algo parecido.
Sentia-me culpado pelo ocorrido. O passarinho desaparecerá por muito tempo, até que em um dia como qualquer outro me encontrei no mesmo lugar em que estava tempos atrás. Surpreso, admirei mais uma vez aquele paraíso interior de cores vivas e aromas apaixonantes. De repente ouço um som familiar: Lá estava ele, na mesma árvore em que eu o esqueci. O pássaro então retornou para dentro de mim e mais uma vez sentia-me farto daquele sentimento. Realizado, acordei. Tudo estava no mesmo lugar. Havia despertado da ilusão como quem volta para casa depois de uma longa viagem. As lembranças ainda viviam em minha lembrança, porém as mudanças me despertavam interesse e curiosidade.
Mais algo estava diferente. Não, tudo estava diferente. Passei a enxergar o mundo com outros olhos. O mundo estava diferente, eu já não era mais o mesmo. O cantar do pássaro embelezava o mundo a minha volta.
André Torres
(De acordo com a Michele o texto ficou nota 10)
Assinar:
Comentários (Atom)
Caramba, você chegou até aqui?! Leu tuuudo isso ai em cima?! Parabéns!!
Olá! Sejam muito bem-vindos ao meu Blog. Aqui nesse endereço você encontra muuuitas das minhas melhores obras. Dê uma olhada e emocione-se com os romances, mas não deixe de visitar a grande sessão de histórias engraçados e dar umas boas risadas com minhas “estranhas” e inusitadas experiências de vida. Mas se você é um sonhador ou está apaixonado também vai gostar dos textos emocionantes, dos reflexivos e das poesias. Bom, entrem, fiquem o tempo que quiserem e boa diversão!