domingo, 4 de outubro de 2009

Vaga Noção

Vaga Noção - André de Jesus Torres (EI GENTE! TODOS OS TEXTOS SÃO MEUS! É TUUUUDO MEU! TUUUUUUDO MESMO!)
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Já passam das 3 horas da manhã quando se ouve o assombroso ranger de madeira ao descer de alguém pelas velhas escadas do casarão.

Os ritmados passos ecoavam escadaria a baixo dando a impressão de que um batalhão despertara e agora rumava pelos portões mundo a fora.

Um fragmento de luz surgira ao final do corredor e se ocultará rapidamente no mesmo instante. Ele seguia o rastro de poeira lentamente como se sua vida dependesse disso. Qualquer movimento em falso e seria tarde de mais.

Passou pelo lugar onde antes costumava haver pessoas rindo e dançando e agora não restava nada além de destroços e memórias.

A luz da lua adentrava pelas janelas laterais iluminando seu caminho e seu pensamento, fazendo lembrar do porque de estar fazendo isso. Pensou ter esquecido por alguns segundos e agora voltará a se perguntar.

Parou para reunir forças e depois retomou sua marcha para o desconhecido. O peso da dúvida e o medo do desconhecido pareciam aumentar seu cansaço e alimentar sua dor. Olhou para trás e viu todo o caminho que percorrerá. Cada segundo cada espaço, cada rosto. Tudo estava tão claro em sua mente que podia jurar que toda aquela jornada não passará de um sonho que durará apenas uma noite.

A história passava diante de seus olhos conforme ele se aproximava de seu destino. Em uma fração de segundos o longo corredor iluminou-se de vozes e cores e ele se via novamente cercado de todas as pessoas mais queridas que agora contemplavam comida e música em sua companhia.

A ilusão não durou muito tempo; O calor fora substituído, mais uma vez, pela tragédia e o esquecimento.

Talvez o desgaste e a fome tivessem afetado sua sanidade, mas ele realmente imaginou aquela cena em todos os detalhes possíveis. Fora tão real que pudera sentir o mínimo movimento de um jogador ao mover uma pequena pedra de xadrez.

Sua jornada chegará ao fim. Seu relógio de ouro não era mais capaz de lhe dizer as horas. O tempo e espaço se alinhavam em um compasso musical engraçado e intrigante. Não sentia mais medo e nem tanta dúvida quanto antes. Ele estava pronto para partir.

Três passos á sua frente havia uma grande porta de madeira que o separava do mundo que ali se escondia.

Dois passos. A porta permanecia trancada, mas hoje, ele quem estava aberto. Partiu.

Caramba, você chegou até aqui?! Leu tuuudo isso ai em cima?! Parabéns!!

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